Itália e Malta devem permitir desembarque imediato dos migrantes

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) faz apelo para que os dois países permitam o desembarque de migrantes
AFP
Publicado em 11/06/2018 às 9:43
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) faz apelo para que os dois países permitam o desembarque de migrantes Foto: Foto: LOUISA GOULIAMAKI / AFP


O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu nesta segunda-feira a Itália e Malta que permitam o desembarque imediato de centenas de migrantes em seus portos, depois de descrever a situação como "um imperativo humanitário urgente".

O Aquarius, fretado pela ONG SOS Méditerranée, resgatou no sábado (9) 629 migrantes, incluindo sete mulheres grávidas, 11 crianças pequenas e 123 menores de idade sem responsáveis, mas a embarcação está em 'stand-by' no mar, perto de Itália e Malta, que se negam a dar acesso a qualquer porto. 

Em um comunicado, a agência da ONU faz um "apelo aos governos envolvidos para permitir o desembarque imediato de centenas de pessoas retidas no Mediterrâneo desde sábado a bordo de um barco de resgate, o Aquarius", e acrescentou que as "pessoas na embarcação estão ficando sem mantimentos".

O Acnur destaca "um imperativo humanitário urgente" neste caso, segundo Vincent Cochetel, enviado especial da agência da ONU para o Mediterrâneo central. "As pessoas estão angustiadas, faltam mantimentos e precisam de ajuda rapidamente".

Os questionamentos "sobre quem tem a responsabilidade e como deveriam compartilhar estas responsabilidades entre os Estados deveriam ser tratados mais adiante", afirmou o enviado no comunicado.

A Comissão Europeia também pediu nesta segunda-feira uma "solução rápida" para o caso.

Malta reiterou no domingo sua recusa a receber este barco, apesar do pedido da Itália, que também se mostra decidida a não permitir a entrada em nenhum de seus portos. 

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