O naufrágio de uma embarcação com dezenas de turistas na ilha tailandesa de Phuket deixou 21 mortos, informaram as autoridades locais em um balanço atualizado.
O centro provincial de resgate de Phuket informou que 21 corpos foram retirados da água. Dezenas de pessoas continuam desaparecidas após o naufrágio da barca "Phoenix".
A embarcação naufragou na quinta-feira (5) com 105 pessoas a bordo, principalmente turistas chineses, em meio a uma tempestade que provocou ondas de até 5 metros.
Phuket atrai numerosos visitantes estrangeiros, entre eles ocidentais e chineses, que constituem o grosso das 35 milhões de pessoas que devem visitar a Tailândia este ano.
O governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osottanakorn, que coordena a célula de resgate, afirmou que uma retirada nesta quarta-feira seria "difícil", já que o nível da água é elevado, apesar do grande sistema de bombeamento instalado.
"Será difícil retirá-los hoje" (quarta-feira)", declarou, sem fazer especulações sobre a data da retirada. "Devemos ter 100% de certeza no momento de decidir a operação", que poderia acontecer em vários grupos de crianças, completou.
De fato, a operação de resgate será difícil e os socorristas já advertiram que não se precipitarão na hora de realizá-la, pois deverão percorrer quilômetros sob a água. Os meninos - com entre 11 e 16 anos - foram encontrados com seu treinador, 25, na noite de segunda-feira, sãos e salvos, após ficarem isolados na caverna devido a fortes chuvas.
O primeiro passo foi restabelecer a força, uma vez que os meninos ficaram dias sem comer. O grupo já está sendo treinado para percorrer mais de quatro quilômetros de veios estreitos, incluindo vários trechos inundados para as quais serão equipadas com cilindros de oxigênio.
"Fazer mergulho em cavernas é muito técnico e perigoso, especialmente para mergulhadores iniciantes. Por isso, pode ser melhor ajudá-los na caverna até que possam ser removidos por outros meios", avaliou Anmar Mirza, coordenador da Comissão Nacional americana de Resgate Subterrâneo.
Um mergulhador veterano leva seis horas para percorrer essa distância, indicaram as equipes de resgate. As equipes de resgate detectaram vários poços na vertical da caverna. E nos últimos dias, a floresta foi desmatada perto de um deles para permitir o pouso de helicópteros visando uma possível evacuação por via aérea. Mas, por enquanto, não foi provado que um desses poços esteja ligado ao trecho da caverna onde estão os meninos.
A opção principal continua sendo a entrada da caverna, onde técnicos, especialmente japoneses, trabalham para drenar a água. Quanto mais baixo o nível de água, menos as crianças terão que percorrer com equipamento de mergulho. No entanto, quanto mais o tempo passa, maior o risco de novas inundações nesta temporada de monções no Sudeste Asiático.