Seis antigos membros da seita Aum Verdade Suprema condenados pelo atentado com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995 foram executados por enforcamento na manhã desta quinta-feira (25), informou a imprensa japonesa.
O ministério da Justiça, contactado pela AFP, não comentou a informação, mas anunciou uma entrevista coletiva com a ministra Yoko Kamikawa durante esta quinta-feira (26).
No início do mês, Shoko Asahara, o guru fundador da Aum Verdade Suprema, e outros seis membros da seita também foram executados por enforcamento por seu papel no ataque com gás sarin.
Shoko Asahara - cujo verdadeiro nome era Chizuo Matsumoto - estava há anos no corredor da morte com outros doze cúmplices envolvidos no atentado, que matou 13 pessoas e causou lesões, algumas irreversíveis, em outras 6.300.
Outros 190 membros da seita foram condenados a penas de prisão pelo atentado, o pior já ocorrido no Japão.
Na manhã de 20 de março de 1995, executando um plano bem montado, vários membros da Aum Verdade Suprema, seita criada por Asahara, espalharam o gás sarin pelos vagões do metrô da capital.
O sarin foi colocado em bolsas plásticas em cinco composições do metrô de Tóquio, que após serem furadas pelas pontas dos guarda-chuvas deixaram escapar o gás.
Em um primeiro momento, ninguém entendeu o que estava acontecendo naquela manhã, em plena hora do rush, quando vários passageiros começaram a sufocar, sem ver nada, em várias estações das linhas atacadas.
Algum tempo antes, no que parece ter sido um ensaio do ataque em Tóquio, sete pessoas morreram na cidade de Matsumoto, no centro do país, onde outras 600 sofreram diversas lesões, algumas definitivas.
A seita conseguiu fabricar importantes quantidades do gás sarin em um laboratório, reproduzindo um produto mortal criado pelos cientistas do regime nazista na Alemanha no final dos anos 1930.
Em dezembro de 1999, a seita Aum admitiu, pela primeira vez, sua responsabilidade nos ataques contra Tóquio e Matsumoto, e pediu desculpas.