Sessenta e oito pessoas foram detidas no sudoeste da Índia após manifestações contra um templo hinduísta que permite acesso às mulheres, anunciou a polícia local.
O templo de Sabarimala, no estado de Kerala, está no centro de uma polêmica entre os tradicionalistas hindus e os defensores da igualdade entre os sexos.
Em setembro, o Supremo Tribunal anulou a proibição de entrada no santuário às mulheres em idade fértil (entre 10 e 50 anos).
Apesar da mobilização policial, a sentença não foi aplicada em consequência das manifestações de militantes hindus no local.
"Detivemos 68 fiéis após as manifestações ao redor de Sabarimala", afirmou à AFP V.N. Saji, comandante da polícia em Kerala.
De acordo com as autoridades, muitos detidos no protesto de domingo criticavam a proibição de passar a noite perto do templo.
Imagens exibidas nos canais de televisão mostram peregrinos com o torso nu, conforme a tradição, cantando mantras diante dos policiais.
Quase 700 mulheres estão registradas para visitar o templo nas próximas semanas, mas até o momento nenhuma conseguiu entra no edifício, dedicado ao deus Ayyappa.
O templo fica em uma colina e só é possível chegar ao destino após várias horas de caminhada. Além disso, o local fica aberto por períodos limitados.
Em outubro também foram registrados confrontos entre a polícia e e extremistas, que terminaram com várias detenções