Manifestantes entram em confronto com a polícia durante protesto em Paris

Ao menos 59 pessoas foram presas em um novo protesto dos chamados ''coletes amarelos'' contra o aumento dos impostos e a queda do poder de compra
AFP
Publicado em 01/12/2018 às 9:57
Foto: Foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP


Centenas de manifestantes entraram em confronto com policiais neste sábado (1º) na avenida Champs-Elysées, no coração de Paris, à margem de um novo protesto dos chamados "coletes amarelos" contra o aumento dos impostos e a queda do poder de compra.

Ao final de uma das avenidas mais turísticas do mundo, o Arco do Triunfo foi engolido por uma nuvem de fumaça, enquanto a polícia tentava dispersar a multidão com gás lacrimogêneo e canhões de água.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, denunciou no Twitter a presença de "1.500 desordeiros (...) que vieram para criar confusão". A polícia, mobilizada em grande número para evitar os confrontos que já haviam ocorrido durante a manifestação de 24 de novembro, repeliam aqueles que tentam promover "quebra-quebra", acrescentou o ministro.

Prisões em Paris

No final da manhã, 59 pessoas haviam sido presas.

Alguns manifestantes, encapuzados e mascarados, tentaram forçar uma barreira colocada pela polícia para filtrar as entradas, segundo a polícia. Eles então partiram para avenidas adjacentes, observou um jornalista da AFP. Latas de lixo foram derrubadas e queimadas.

Os manifestantes que vieram pacificamente para protestar usando o icônico "colete amarelo" fluorescente, foram pegos no fogo cruzado na avenida. 

Entre eles, Chantal, uma aposentada de 61 anos que tentava evitar se aproximar da confusão: "Fomos informados que havia desordeiros à frente". Para ela, "ele (Macron) deve descer de seu pedestal, entender que o problema não é o imposto, é o poder de compra. Todo mês eu tenho que mexer na minha poupança".

O acesso de pedestres à avenida estava sendo controlado, com verificações de identidade e buscas, e painéis de madeira foram afixados em algumas vitrines.

Cerca de 5.000 agentes foram mobilizados na capital. 

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