A Agência de Meteorologia e Geofísica da Indonésia e a Agência de Vulcanologia do país pediram hoje (26) que os moradores evitem qualquer atividade no raio de 500 a 1.000 metros da costa, pois há possibilidade de um segundo tsunami. O primeiro ocorreu há quatro dias e matou pelo menos 429 pessoas, feriu mais de 1,4 mil e deixou muitos desaparecidos.
O porta-voz da Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, afirmou que o trabalho é intenso em busca de sobreviventes que podem estar sob os escombros.
Equipes de resgate da Indonésia se esforçam para chegar às áreas isoladas, na costa do país, atingidas pelo tsunami. Por enquanto, já são 21.921 pessoas que se viram obrigadas a deixar suas casas.
O número pode aumentar, segundo as autoridades, considerando que o balanço anterior era de 16.082 pessoas desalojadas. "As equipes de resgate estão com dificuldades de entrar em seis aldeias em Sumur. Helicópteros foram acionados para a missão de evacuação, buscas e resgate das vítimas", disse o porta-voz da agência.
O tsunami ocorreu no sábado (22), após a erupção do vulcão Anak Krakatau, provocando deslizamentos e elevando o nível do mar. As áreas mais atingidas foram Pandeglang e Serang, na província de Banten, e o distrito de Lampung Selatan, na província de Lampung.
De acordo com os dados oficiais, o tsunami devastou uma área costeira de 312,75 quilômetros de extensão em uma região turística que reúne resorts, hotéis, residências e comércio.
Uma imagem de satélite mostrou a causa do tsunami que atingiu as áreas costeiras do Estreito de Sunda, já que a maioria das áreas de flanco, no sudoeste do vulcão Anak Krakatau, desmoronou durante a noite, disse Sutopo.
*Com informações da Xinhua, agência pública de notícias da China