O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse durante pronunciamento na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), reunião anual do Partido Republicano, que ele vai ganhar a reeleição em 2020 e por uma margem maior do que a sua vitória em 2016.
Por diversas vezes ele zombou dos democratas por sua estrutura para combater a mudança climática e chamou os deputados da Câmara que pressionam para expandir suas investigações contra ele de "doentes".
Durante seu discurso, Trump elogiou o movimento conservador, dizendo: " Nosso movimento e nosso futuro no país é ilimitado". Quando fez sua previsão de um segundo mandato, a multidão respondeu com cânticos de "U S A , U S A".
O presidente Donald Trump alertou neste sábado (2) contra as tendências "socialistas" de seus adversários democratas, durante o grande evento anual da direita americana, após uma semana marcada pelo fracasso da cúpula com a Coreia do Norte e o comparecimento de seu ex-advogado diante do Congresso.
O bilionário republicano foi recebido triunfalmente no palco da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada nos arredores de Washington.
Trump fez um de seus discursos mais longos desde que entrou na campanha presidencial, em 2015, mas não mencionou uma só vez o seu ex-advogado e ex-homem de confiança Michael Cohen, que o descreveu na quarta-feira ao Congresso como um mentiroso, trapaceiro e racista.
Tampouco dedicou muito tempo ao outro tema candente de sua semana: a cúpula com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, sobre o programa nuclear de Pyongyang, considerada um fracasso.
O presidente qualificou o encontro com Kim no Vietnã de "muito produtivo" e minimizou o fato de ter terminado de forma precoce e sem a declaração comum inicialmente prevista.
"De vez em quando, devemos saber caminhar" ao invés de correr, disse, acrescentando que o acordo proposto pelo dirigente norte-coreano não lhe parecia "aceitável". Trump preferiu centrar a sua intervenção em criticar seus adversários democratas.
Retomando um dos temas favoritos dos republicanos nos últimos tempos, o presidente agitou a ameaça do socialismo, convertido em uma tendência muito popular entre os possíveis candidatos democratas para as presidenciais.
Segundo Trump, o "Green New Deal", o projeto democrata para combater a mudança climática, "destruiria totalmente a economia americana" se fosse aplicado. "É simplesmente o plano mais louco" que já vi, afirmou.
Sobre os projetos a favor de uma cobertura de saúde universal promovidos por vários candidatos democratas, Trump indicou que provocariam "imensas altas de impostos".
"O socialismo não tem nada a ver com o meio ambiente, a justiça, a virtude (...) Isso se chama o poder da classe dirigente", declarou o presidente republicano, que citou a Venezuela como exemplo. "O futuro não pertence aos que acreditam no socialismo", assinalou. "Pertence aos que acreditam na liberdade (...) Os Estados Unidos nunca serão um país socialista (...) Acreditamos no sonho americano, não no pesadelo socialista", prosseguiu.
Trump se alegrou, não obstante, de que o socialismo esteja na moda entre os candidatos democratas, considerando que isso aumentará as suas chances de ser reeleito em 2020.
Também aproveitou a ocasião para defender o seu balanço à frente da Casa Branca, destacando os bons dados da economia americana e afirmando que estava prestes a alcançar o financiamento do trecho do muro que quer construir na fronteira com o México para frear a imigração ilegal.
Diante dos seus partidários mais fiéis, retomou os temas conservadores que lhe permitiram chegar à presidência: uma política migratória rígida, a manutenção da legislação sobre armas e uma linha contra o aborto.
Sobre todas essas questões, voltou a atacar os democratas, os quais acusou de ter "um programa radical", interrompido muitas vezes pelos gritos de "USA! USA!" dos presentes. Trump mirou no "Novo acordo verde" dos democratas, uma proposta política lançada por alguns democratas liberais no Congresso e apoiada por vários candidatos presidenciais do partido em 2020.
"Eu acho que o 'novo acordo verde' é um tanto quanto exagerado. Eu acho que é realmente algo que eles deveriam promover. Eles devem trabalhar duro com isso. Sem planos, sem energia. Quando o vento para de soprar é o fim da energia. Vamos nos apressar. Querida, o vento está soprando hoje?", disse.
O plano democrata pede uma queda drástica nas emissões de gases de efeito estufa causadas pelos combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural.