A União Europeia (UE) lamentou nesta quinta-feira a decisão do governo venezuelano de Nicolás Maduro de expulsar o embaixador alemão do país e disse esperar que Caracas "reconsidere" essa atitude.
"Lamentamos que o embaixador alemão na Venezuela tenha sido forçado a deixar o país em um contexto político tenso e complexo", disse Maja Kocijancic, porta-voz da diplomacia europeia, em entrevista coletiva.
O governo venezuelano declarou o embaixador alemão, Martin Kriener, "persona non grata" e deu 48 horas para que deixasse o país depois que ele recebeu o líder da oposição, Juan Guaidó, no aeroporto na segunda-feira.
Em comunicado, o governo disse que sua decisão se devia a "recorrentes atos de ingerência nos assuntos internos do país" pelo diplomata, que "em desacato compareceu ao aeroporto internacional de Maiquetía para testemunhar a chegada do deputado Juan Guaidó".
"A Venezuela considera inaceitável que um representante diplomático estrangeiro exerça em seu território um papel público mais típico de um líder político em clara sintonia com a agenda conspiratória de setores extremistas da oposição venezuelana", afirmou ainda a nota.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Heijko Maas, advertiu em um comunicado que a expulsão do embaixador "agrava a situação" na Venezuela.