O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, não receberá um "tratamento especial" de seu país de nascimento, após sua detenção no Reino Unido - disse o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, nesta sexta-feira (12).
Há sete anos, Assange gozava de asilo na embaixada do Equador em Londres. Esse status terminou de maneira brusca na quinta-feira, quando foi preso, e a polícia o tirou arrastado da missão diplomática.
Depois, um tribunal o declarou culpado de ter violado sua liberdade condicional britânica em 2012, podendo ser condenado a um ano de prisão.
Após sua detenção, o Departamento americano de Justiça anunciou que pediu sua extradição para julgá-lo por ter ajudado a ex-analista de Inteligência Chelsea Manning a acessar milhares de documentos de defesa confidenciais em 2010.
Em campanha eleitoral, Morrison garantiu hoje que Assange terá o mesmo apoio que qualquer outro australiano que esteja com problemas no exterior. Afirmou ainda que a extradição é uma "questão dos Estados Unidos".
"Não tem nada a ver conosco. Tem a ver com os Estados Unidos", disse ele à televisão nacional ABC.
"Há um processo judicial que será seguido por meio de uma série de questões [...] Receberá o mesmo apoio consular que qualquer outro australiano nestas circunstâncias", completou.