O papa Francisco inaugurou, nesta sexta-feira (10), uma exposição fotográfica no Vaticano por ocasião do 10º aniversário da rede internacional de freiras Talitha Kum, que luta contra o tráfico de pessoas e a prostituição.
Para algumas congregações, trata-se de um compromisso que remonta ao século XIX.
O diálogo entre a vida religiosa e a mundana se intensificou desde o início do século XXI em todo mundo até a criação, em 2009, da Talitha Kum, cujo lema é "Jovem, levante-se".
Para celebrar seu 10º aniversário, foi organizada no Vaticano uma exposição de fotografias da americana Lisa Kristine, que ilustra o trabalho dessas freiras em todos os continentes durante suas atividades com as vítimas.
A raiva de uma jovem nigeriana obrigada a se prostituir, o choro dos meninos escravos na América Central, o desespero dos migrantes na fronteira entre México e Guatemala, ou o abandono sofrido pelas jovens mulheres exploradas na Tailândia são algumas das muitas faces do grave fenômeno retratado pela fotógrafa.
A rede envolve 2.000 religiosas e conta com colaboradores em 76 países, segundo dados do Vaticano.
Muito envolvido nessa batalha, em abril, o sumo pontífice dedicou as meditações das estações da Via-Crúcis no Coliseu à irmã Eugenia Bonetti, pioneira da ajuda às prostitutas na Itália.
Vários testemunhos de freiras que fazem parte da rede, reunidos pela AFP, confirmaram o trabalho realizado em todos os continentes.
"Temos religiosas que saem às ruas, mas também vão a campos de refugiados, escolas, plantações de chá, prisões... Conseguimos identificar situações, fazer prevenção, oferecer ajuda", explicou a irmã Gabriella Bottani, coordenadora da Talitha Kum desde 2015.