EUA acusa China de 'minar soberania' dos países e lança investimentos

Os americanos realizarão fortes investimentos na região Indo-Pacífico para manter sua superioridade militar
AFP
Publicado em 01/06/2019 às 8:30
Os americanos realizarão fortes investimentos na região Indo-Pacífico para manter sua superioridade militar Foto: Foto: ODD ANDERSEN / AFP


Os Estados Unidos exortaram neste sábado (1º) a China a "deixar de minar a soberania de outros países" e anunciaram importantes investimentos, nos próximos cinco anos, para manter sua supremacia militar na região Indo-Pacífico.

"A China pode e deve ter relações de cooperação com o restante da região (...), mas os comportamentos que minam a soberania de outras nações e semeiam desconfiança sobre as intenções chinesas devem acabar", declarou o chefe do Pentágono, Patrick Shanahan, em Singapura.

"Até que faça isto, nos oporemos à visão de futuro míope, estreita e provinciana, e defenderemos a ordem livre e aberta da qual nos beneficiamos todos, inclusive a China", disse Shanahan durante seu discurso no fórum Diálogo de Shangri-La.

Shanahan anunciou que os Estados Unidos realizarão fortes investimentos na região Indo-Pacífico para manter sua superioridade militar e sua capacidade de defender seus aliados asiáticos.

Washington e Pequim competem pela influência na região, na qual há vários focos de tensão, como o Mar da China Meridional, a península da Coreia e o estreito de Taiwan. As relações entre as duas potências devem dominar a conferência da Singapura, que reúne ministros da Defesa e comandantes militares de todo o mundo.

Primeira vez

Pela primeira vez desde 2011, a China enviou ao encontro seu ministro da Defesa.`"Os Estados Unidos não querem conflitos, e sabemos que manter as capacidades para ganhar uma guerra é o melhor meio de evitá-las", declarou Shanahan.

Washington reprova Pequim por militarizar vários ilhotes do Mar da China Meridional reivindicados por outros países da região, e regularmente realiza operações para a "liberdade de navegação" no Pacífico, sobrevoando o espaço aéreo internacional ou passando com navios de guerra na zona dos arquipélagos em disputa, o que costuma provocar a cólera de Pequim.

"Quando um país faz uma promessa e não a respeita, é preciso desconfiar. Quando o mesmo país não faz qualquer promessa, realmente há que desconfiar", disse Shanahan sobre o que o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu ao então líder americano, Barack Obama, sobre não militarizar os arquipélagos controlados por Pequim no Mar da China Meridional.

TAGS
china estados unidos INVESTIMENTOS
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory