A soberania era, no fundo, agressividade, diz Macron em referência a Bolsonaro

Macron segue com a afirmação de que é preciso construir um 'novo direito ambiental'
JC Online
Publicado em 27/08/2019 às 17:49
"O toque de recolher durará quatro semanas e iremos ao Parlamento para estendê-lo até 1º de dezembro. Seis semanas é o tempo que consideramos útil", disse Macron Foto: Foto: BERTRAND GUAY / AFP


Nesta terça-feira (27), o presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a defender a reflexão para a construção de um novo direito internacional do meio ambiente.Na conferência anual dos embaixadores franceses, ele ofereceu auxílio às regiões brasileiras afetadas pelos incêndios nos últimos dias, mesmo com a recusa do presidente Bolsonaro à ajuda de US$ 20 milhões para lutar contra os ocorridos.

''O quadro internacional muda. Quando se fala do Ártico, da Antártica, dos oceanos ou da Floresta Amazônica, falamos de um bem geográfico comum, inseparável da biodiversidade. É indispensável construir uma boa governança internacional. O que nós precisamos é construir este novo direito internacional do meio ambiente. Precisamos engajar com força a diplomacia francesa neste objetivo'', disse Macron, no Palácio do Eliseu.

Ajuda do G7

A respeito da ajuda confirmada pelos países do G7, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou que só vai aceitar a ajuda se Macron retirar os 'insultos' feitos a ele nas redes sociais, chamando-o de ‘mentiroso’ e desista, também, do debate sobre a internacionalização da Floresta Amazônica.

Internacionalização da Amazônia

Para Macron, a floresta é 'estratégica' para os países da região. Foi o que ele disse diante dos embaixadores, na conferência.

Sobre este tema, notei inquietudes e certas inconveniências de alguns dirigentes, considerando que a soberania era, no fundo, agressividade

, disse Macron, referindo-se a Bolsonaro, sem citá-lo.

Relação Macron X Bolsonaro

Algumas fontes diplomáticas estiveram presentes no evento disseram que, após a recente escalada verbal entre Macron e Bolsonaro, não há perspectiva de que a relação bilateral entre os dois países possa ser normalizada antes do prazo de vários meses e que, sem duvida, não tem nenhuma chance de ser antes do natal, segundo previu uma delas.

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