Em 11 de setembro de 2001, terroristas da Al-Qaeda, comandada por Osama bin Laden, lançaram dois aviões contra os dois prédios do World Trade Center, as Torres Gêmeas, em Manhattan, no coração de Nova York. O evento mudou os rumos da história, lançando os Estados Unidos em uma guerra contra o terror que dura até hoje.
As consequências do atentado cometido há 18 anos não são apenas geopolíticas. Além dos cerca de 3 mil mortos e mais de 6 mil feridos no desabamento do World Trade Center, milhares de pessoas desenvolveram câncer e outros males graves, sobretudo de pulmão, ligados à nuvem tóxica que planou durante semanas sobre o sul da ilha.
Os envolvidos no ataque ainda não foram julgados. O julgamento dos cinco homens acusados de planejar os ataques de 11 de setembro de 2001, incluindo o autoproclamado cérebro do atentado, Khalid Sheikh Mohammed, está marcado para janeiro de 2021 na base militar americana em Guantánamo, informou o jornal The New York Times em sua edição de sexta-feira passada, dia 6.
A HBO exibe nesta quarta-feira, 11, quando se completam 18 anos dos atentados de 11 de Setembro, que destruíram as Torres Gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, que mataram milhares de pessoas, o documentário À Sombra das Torres: O 11 de Setembro em Stuyvesant. Haverá outras exibições ao longo dos próximos dias e o filme também está disponível na HBO GO.
Produção original da HBO que estreia agora, o documentário relembra, por meio de histórias de alunos da escola pública Stuyvesant, que ficava a poucos quarteirões do World Trade Center, como foi o fatídico e trágico 11 de Setembro para eles.
Dirigido e produzido por Amy Schatz (Song of Parkland, The Number on Great-Grandpa's Arm e An Apology to Elephants), vencedora de sete prêmios Emmy, o documentário traz, em 31 minutos, o depoimento de oito ex-estudantes da Stuyvesant. Eles eram adolescentes em 2001 e tiveram sua vida alterada para sempre pela tragédia.
O filme conta, por exemplo, que quando os alunos, muitos deles imigrantes, saíram para as ruas, tentaram encontrar uns aos outros e ficarem juntos. Mostra, também, o medo que sentiram de sofrer alguma retaliação e conta que dois deles, Himanshu Suri e Taresh Batra, andaram pelas ruas com uma mulher usando hijab que foi amaldiçoada por homens. Em outro depoimento, Mohammad Haque, filho de imigrantes de Bangladesh, lembra que teve a noção de que estava em uma zona de conflito quando ele ligou para seu pai que implorou ao telefone: "por favor, apenas sobreviva".
Além de relembrar o dia dos ataques às Torres Gêmeas, À Sombra das Torres: O 11 de Setembro em Stuyvesant mostra como o episódio moldou a vida desses jovens e alternou a noção do "sonho americano", e como este dia continua moldando o mundo hoje.