Na ONU, Trump critica globalismo, China, Irã e Venezuela de Maduro

O presidente norte-americano voltou a atacar a ordem global, nesta terça-feira (24), ao defender que os ''globalistas'' jamais triunfarão
AFP
Publicado em 24/09/2019 às 13:14
O presidente norte-americano voltou a atacar a ordem global, nesta terça-feira (24), ao defender que os ''globalistas'' jamais triunfarão Foto: Foto: Drew Angerer / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP


O presidente americano Donald Trump voltou a atacar a ordem global nesta terça-feira (24), em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ao defender que os "globalistas" jamais triunfarão.

"O futuro não pertence aos patriotas. O futuro pertence aos patriotas", afirmou o magnata.

"O futuro pertence à soberania e às nações independentes que protegem seus cidadãos, respeitam seus vizinhos e honram as diferenças que tornam cada país especial e único", acrescentou.

Em seu pronunciamento, Trump também pediu à China que respeite Hong Kong e advertiu que acabou o tempo de tolerar os "abusos" comerciais cometidos por Pequim.

"Durante anos, estes abusos (no comércio internacional) foram tolerados, ignorados, ou mesmo estimulados", denunciou Trump, questionando novamente a globalização.

Segundo ele, o "globalismo" levou os líderes mundiais a ignorarem seus próprios interesses nacionais.

"Mas, no que diz respeito aos Estados Unidos, esses dias acabaram", frisou.

Sobre Hong Kong, disse que o mundo espera que a China respeite seu "tratado vinculante", "proteja a liberdade" e o "estilo de vida democrático" deste antigo território britânico.

O presidente americano afirmou ainda que seu governo está "monitorando cuidadosamente" a maneira como a China vem lidando com esta crise.

Ainda em relação ao comércio, renovou seu compromisso com uma "magnífico acordo" com os britânicos, que se preparam para deixar a União Europeia (UE).

"Estamos trabalhando estreitamente com o primeiro-ministro Boris Johnson em um magnífico acordo comercial", garantiu.

O presidente também alertou para o endurecimento das sanções contra o Irã, caso Teerã não mude seu comportamento "agressivo" no Oriente Médio e suas posições "fanáticas" sobre o tema nuclear.

"Esperando se ver livre de sanções, o regime fez uma escalada de sua agressão violenta e sem motivo", declarou, ressaltando que, "enquanto o Irã mantiver um comportamento ameaçador, as sanções não serão suspensas. Serão endurecidas".

Ataque à Venezuela de Maduro

Trump também tratou do fluxo migratório em suas fronteiras, elogiando os esforços do México, e alertou que os EUA acompanham de perto a situação na Venezuela.

"Estamos acompanhando a situação na Venezuela muito de perto", afirmou Trump, acrescentando que "esperamos o dia em que a democracia será totalmente restaurada no país, quando a Venezuela será livre e quando a liberdade prevalecerá em todo hemisfério".

"Os Estados Unidos têm uma vasta ajuda humanitária a ser entregue", apontou.

Durante o discurso na ONU, Trump mencionou os mais de 50 países que, junto com os Estados Unidos, reconhecem o líder opositor venezuelano Juan Guaidó como presidente interino em detrimento de Nicolás Maduro.

Para Trump, que garantiu que os Estados Unidos nunca serão um país comunista, Maduro é "uma marionete cubana, protegido por seguranças cubanos".

"A Venezuela nos lembra de que o socialismo e o comunismo não se tratam de justiça, não versam sobre igualdade, nem sobre a ajuda aos pobres (...) O socialismo e o comunismo tratam de uma única coisa: do poder da classe dirigente", completou.

Segundo ele, no último século, socialismo e comunismo causaram, juntos, a morte de 100 milhões de pessoas. 

"E na Venezuela vemos que este saldo de mortes continua", completou. 

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