O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou, neste sábado (30), a autoria do ataque com faca realizado na véspera por um homem em Londres, que deixou dois mortos.
"A pessoa que realizou o ataque em Londres (...) era um combatente do Estado Islâmico, e ele fez isso seguindo o chamado a atacar cidadãos dos países da coalizão", apontou o comunicado difundido em seu órgão de propaganda.
Duas pessoas morreram e o agressor foi abatido a tiros pela Polícia britânica em um ataque a faca realizado nesta sexta-feira (29) na Ponte de Londres, no centro da capital, onde um atentado em 2017 deixou oito mortos.
O agressor foi identificado como Usman Khan, 28 anos, que cumpriu pena por terrorismo, segundo o chefe da unidade antiterrorista britânica, Neil Basu.
"Este indivíduo era conhecido pelas autoridades, foi condenado por crimes terroristas em 2012. Foi solto e estava em liberdade condicional desde dezembro de 2018", disse Basu, acrescentando que a polícia revista um local no condado de Staffordshire, no centro da Inglaterra.
Khan foi contido em plena ponte por um grupo de pedestres e por policiais, um dos quais acabou atirando duas vezes enquanto ele se debatia, de acordo com imagens registradas por testemunhas que circulavam nas redes sociais.
O agressor usava um colete que parecia carregado com explosivos e que finalmente se revelou falso, explicou Basu.
Três pessoas foram feridas pelo agressor, explicou à imprensa a Comissária da Polícia Metropolitana, Cressida Dick.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, convocou em caráter de urgência o gabinete de crise que estava reunido na noite desta sexta.
O Reino Unido está em plena campanha eleitoral e tem encontro marcado com as urnas em 12 de dezembro. Além disso, abrigará em 3 e 4 de dezembro uma cúpula da Otan.
Johnson afirmou que a Grã-Bretanha "não será jamais dividida nem intimidada por este tipo de ataque", e prometeu que "qualquer pessoas implicada neste crime será processada e apresentada à Justiça".
O ataque foi contido, mas o público deve permanecer em alerta, acrescentou.
Johnson explicou que o governo vai decidir nas próximas horas se suspende momentaneamente a campanha eleitoral.
Horas depois do ataque, a Polícia da cidade holandesa de Haia reportou outra agressão com arma branca em uma rua comercial da cidade, lotada de clientes por causa das promoções da chamada "Black Friday". Segundo as autoridades, a ação deixou três feridos.