O magnata americano George Soros anunciou, no Fórum Econômico Mundial em Davos, que investirá US$ 1 bilhão em um projeto de rede de universidades para lutar contra "os ditadores atuais e em gestação", assim como contra a mudança climática, cuja participação do Brasil levantou polêmica.
"A sobrevivência das sociedades abertas está ameaçada e enfrentamos uma crise ainda maior: a mudança climática", disse Soros, na quinta-feira à noite (23), no jantar organizado por ele todos os anos por ocasião do encontro de Davos.
Soros afirmou que a "Open Society University Network" é o projeto "mais importante de sua vida" e disse que todas as universidades do mundo poderão participar.
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A rede deve permitir chegar "a lugares onde falta educação de qualidade", alegou.
Este especulador que se transformou em filantropo lamentou que China, Estados Unidos e Rússia estejam nas mãos de "ditadores atuais, ou em gestação".
Segundo ele, "o maior e mais aterrorizante passo atrás" afeta a Índia, onde Soros acusa o primeiro-ministro Narendra Modi de criar "um Estado nacionalista hindu".
Também criticou o presidente americano, Donald Trump, por ser "um golpista e um narcisista" que "superaqueceu" a economia americana.
"Uma economia superaquecida não pode se manter por muito tempo fervendo", advertiu.
Nascido na Hungria em uma família judia que fugiu dos nazistas, Soros é conhecido por seu ataque especulativo contra a libra esterlina em 1992. Nos últimos anos, tornou-se alvo das críticas dos nacionalistas e dos adeptos de teorias conspiratórias, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.