O número de mortes causadas pelo novo coronavírus na China subiu para 56 e o número de pessoas infectadas mais que dobrou em relação às últimas 24h, totalizando 1.975 casos, apontou o Ministério da Saúde da China. Segundo o órgão, o país está entrando em um "estágio crucial" e "parece que a capacidade do vírus de se espalhar está ficando mais forte".
O ministro da Saúde da China, Ma Xiaowei, se recusou a estimar quanto tempo levaria para que a situação ficasse sob controle, mas as restrições de viagens e outras medidas estritas devem trazer resultados "com menor custo e maior velocidade", ressaltou.
Ontem, o presidente da China, Xi Jinping, chamou o surto da doença de uma situação grave e disse que o governo está intensificando os esforços para restringir viagens e reuniões, enquanto apressa para levar equipe médica e suprimentos para a cidade central da crise, Wuhan, que permanece fechada.
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Enquanto isso, a disseminação da doença ao redor do mundo continua. O governo chinês relatou cinco casos em Hong Kong, dois em Macau e três em Taiwan. Um pequeno número de casos foi encontrado na Tailândia, Japão, Coreia da Sul, EUA, Vietnã, Cingapura, Malásia, Nepal, França e Austrália.
Os EUA confirmaram casos no estado de Washington, Chicago e, mais recentemente, no Sul da Califórnia. O último paciente divulgado no sábado à noite viajou de
Wuhan e está isolado em um hospital e em boas condições. Enquanto isso, o Canadá afirmou ter descoberto seu primeiro caso, um homem de 50 anos que estava em Wuhan antes de voar para Toronto.
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No centro do surto, onde encontra-se 11 milhões de moradores, Wuhan proibiu a maioria dos veículos, incluindo carros particulares, no centro da cidade a partir deste domingo. A cidade disponibilizará 6.000 táxis aos bairros para ajudar as pessoas a se locomoverem, se necessário.
A China cortou o transporte de trens, ônibus e aviões para a cidade desde 22 de janeiro e expandiu o bloqueio para 16 cidades vizinhas que, juntas, somam mais de 50 milhões de habitantes - maior que Nova York, Londres, Paris e Moscou juntas.
Wuhan está construindo dois hospitais improvisados com cerca de 1.000 leitos cada para lidar com o crescente número de pacientes A cidade disse que o primeiro deve ser entregue já no dia 3 de fevereiro.