Cientistas especulam que número de casos de coronavírus pode superar 40 mil

Até o momento, vírus deixou oficialmente 80 mortos na China, de um total de 2.744 casos confirmados
AFP
Publicado em 27/01/2020 às 10:19
Foto: SONNY TUMBELAKA / AFP


Cientistas de Hong Kong afirmaram que o número de casos do coronavírus pode superar 40.000 e, por este motivo, consideram que os governos devem adotar medidas drásticas para limitar os deslocamentos da população se desejam deter a propagação da epidemia.

Os cientistas da Universidade de Hong Kong (HKU) advertiram para uma aceleração da propagação do coronavírus, que até o momento deixou oficialmente 80 mortos na China, de um total de 2.744 casos confirmados. O número de casos suspeitos dobrou em 24 horas e se aproxima de 6.000.

Com base em modelos matemáticos da propagação do vírus, a equipe antecipa que o número real de contágios é muito superior ao balanço das autoridades, que considera apenas os casos formalmente identificados.

» Cinco coisas a saber sobre Wuhan, epicentro da epidemia do coronavírus

"O número de casos confirmados que apresentam sintomas deveria ser da ordem de 25.000 ou 26.000 no dia do Ano Novo chinês, sábado passado", afirmou Gabriel Leung, chefe da equipe de cientistas, durante uma entrevista em Hong Kong.

Incluindo as pessoas que estão em período de incubação, e ainda não apresentam sintomas, o "número se aproxima dos 44.000" no sábado, completou.

Ele explicou que o número de contágios poderia dobrar a cada seis dias, para atingir o pico em abril e maio nas zonas já afetadas por uma epidemia. Leung destacou que medidas eficazes de saúde pública poderiam reduzir o ritmo de contágio.

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Turistas chineses em Dempassar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Pedestres usam máscaras durante feriado do Ano Novo Chinês, em Hong Kong - ANTHONY WALLACE / AFP
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Turistas chineses em Dempassar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Casal usando máscaras no metrô de Hong Kong, na China - Anthony WALLACE / AFP
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Passageiros usando máscaras aguardam por trem na plataforma em Hong Kong - Anthony WALLACE / AFP
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Passageiros usando máscaras viajam em trem durante feriado de Ano Novo Chinês - Anthony WALLACE / AFP
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Homem usando máscaras sentado em um banco enquanto aguarda por trem - Anthony WALLACE / AFP
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Turista chinês usa máscara para se proteger do coronavírus em Dempanssar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Passageiros usando máscaras aguardam por trem na plataforma em Hong Kong - Anthony WALLACE / AFP

Epicentro

O epicentro da doença continua sendo Wuhan e a província de Hubei. Mas também foram encontrados casos nas grandes cidades do país, como Pequim, Xangai, Shenzhen ou Cantão.

"Devemos nos preparar para o fato de que esta epidemia em particular se converta em uma epidemia mundial. Devem ser adotadas o mais rápido possível medidas importantes e draconianas para limitar os movimentos da população", completou Leung. 

O vírus já foi detectado em uma dezena de países, até a América do Norte, Europa e Austrália, em pessoas que chegaram de Wuhan.

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