O governo de Donald Trump está considerando intensificar as sanções contra a Venezuela, visando a indústria petrolífera do país, embora um embargo contra as importações de petróleo bruto venezuelano esteja fora da mesa, por enquanto, segundo pessoas familiarizadas com as deliberações.
As medidas podem ser anunciadas já nesta segunda-feira (31), de acordo com as pessoas, depois da votação em solo venezuelano neste domingo, feita pelo governo de Nicolás Maduro, para eleger uma Assembleia Constituinte, que terá como missão reescrever a Constituição do país. A oposição venezuelana está boicotando o processo, temendo que a Assembleia possa dissolver o Congresso, que é controlado pela oposição, ou adiar as eleições gerais no país.
O Departamento do Tesouro dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as potenciais sanções.
O governo americano aplicou, na quarta-feira, sanções contra 13 funcionários do governo venezuelano por supostas ações corruptas, violações dos direitos humanos e atos contra a democracia no país sul-americano. Enquanto mais sanções contra outros indivíduos também estão em consideração, na sexta-feira, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, prometeu "ações econômicas fortes e rápidas" se a votação da Assembleia Constituinte continuar.
O governo venezuelano respondeu em tom de desafio, descartando sanções e advertências por parte de Washington. Maduro e seus principais assessores insistiram que o governo triunfaria na votação deste domingo. Observadores apontam que sanções mais amplas contra a Venezuela podem acelerar um colapso econômico e empurrar o país à beira de um default.
A mais difícil das possíveis sanções - um embargo às importações de petróleo venezuelano - não está na mesa agora, disseram essas pessoas, mas poderiam ser consideradas mais tarde. As opções que estão sendo consideradas incluem uma proibição de vendas produtos derivados do petróleo e refinados dos EUA para a Venezuela e restrições financeiras para a PdVSA, disseram.