Agora chancelada candidata do PSB à Presidência, a ex-ministra Marina Silva afirmou nesta quarta-feira, 20, que o Código Florestal brasileiro, aprovado em 2012, sendo lei aprovada pelo Congresso, precisa ser cumprido, inclusive no que se refere ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). "Infelizmente isso não está sendo feito com a urgência e com a velocidade que precisamos", disse.
Sobre o Código, que foi fortemente criticado pelo grupo de Marina quando sancionado, ela defendeu a criação de meios que possibilitem o aumento da produtividade e que se compreenda que "existe na lei um conjunto de medidas que precisam ser tomadas pela recuperação das áreas degradadas e o apoio a investimentos para aumentar a produtividade "sem precisar mais derrubar".
Ela disse que, quando ocupou o Ministério do Meio Ambiente, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o desmatamento caiu e o desenvolvimento aumentou. "Temos hoje situação em que o desmatamento cresce a produtividade cai. Tínhamos uma situação inversa, que é o desejado", concluiu.
Perguntada se pretendia, sendo eleita presidente, promover alterações no Código, Marina respondeu: "as leis que não são cláusula pétrea, estão sempre abertas para o debate, como o próprio Código Florestal. O próprio governo federal pode apresentar uma proposta para melhorá-lo. Mas nosso compromisso agora é de implementá-lo.
Meta de inflação
A nova cabeça de chapa pelo PSB afirmou que desde 2010 assumiu posição em defesa do sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Ela também se disse favorável à autonomia do Banco Central e lembrou que seu ex-companheiro de chapa, Eduardo Campos, morto na semana passada em um acidente aéreo, advogava que essa autonomia fosse formal. Ela disse que o tema - se a autonomia precisaria ser formal ou não - está em discussão pela equipe do programa de governo da coligação e que sua decisão virá após posicionamento dessa área. "A autonomia do BC nunca foi um problema entre nós".