O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, disse na manhã desta segunda-feira, 6, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o setor tende a ficar "mais valente, no bom sentido" no segundo turno das eleições para Presidente da República. Conforme ele, o agronegócio se destacou nos debates do primeiro turno e agora terá "uma participação bem maior".
Também sócio-diretor da Canaplan, Corrêa Carvalho disse, ainda, que o fator de haver segundo turno é "extremamente positivo, pois obriga quem está na frente a repensar suas atitudes e a tomar um posição mais inteligente". Em sua avaliação, a área sucroalcooleira é a mais beneficiada pela discussão que se desenha a partir de agora, pois trata-se do setor "mais prejudicado" pela política energética atual, que subsidia a gasolina.
Em setembro, Caio, como é conhecido no setor, assinou o manifesto "+100 Brasileiros 100% Aécio" em apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. Na ocasião, ele, que não tem relações com o partido, disse ao Broadcast que sua posição era exclusivamente pessoal.
"Não vejo problemas (em assinar) e, inclusive, nos lugares em que vou eu digo que o programa dele é o que mais se 'adequa'. Não tenho dúvida em dizer que para o agronegócio é o melhor candidato. Isso não me impede de conversar com cada um dos outros candidatos e não significa que a diretoria da Abag tenha a mesma opinião", afirmou à época.
Aécio será o adversário da candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, no segundo turno das eleições. O tucano terminou o primeiro turno com 33,5% dos votos, enquanto a petista encerrou em primeiro lugar, com 41,6%.