Na manhã desta quarta-feira (18), o aliado do PSDB e do DEM no plano estadual e pré-candidato ao governo do Estado pela Frente das Oposições, senador Armando Monteiro Neto (PTB) concedeu uma entrevista ao programa Passando a Limpo da Rádio Jornal, onde afirmou que não pretende disputar o monopólio do ex-presidente Lula. "Eu não quero disputar monopólio nenhum por causa da fama do presidente Lula, nem vou cobrar isso de ninguém, apenas me coloco de forma coerente de acordo com minha trajetória que fiz aos longos dos anos", disse o pernambucano.
“Já declarei publicamente, não é nenhuma novidade, que se Lula fosse candidato eu votaria no Lula. Agora, ao mesmo tempo, eu também ressalvei que, se Lula não fosse candidato, essa minha posição não se estende necessariamente a um candidato do PT. Eu não sou petista e nunca vou ser petista", acrescentou.
Ainda quando questionado sobre o encontro com o petista na Polícia Federal, em Curitiba, na última terça-feira (17) Armando Monteiro contou que Lula se encontrava bem, descontraído. "Essa visita não se deu apenas ao presidente Lula, mas a todos que estão no presidio em Curitiba. Mas claro que falamos de política com Lula e o encontramos muito bem psicologicamente, bem descontraído", contou.
Para realizar o encontro dessa terça-feira (17) em Curitiba, o parlamentar integrou uma frente suprapartidária formada por senadores integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O objetivo era verificar as condições de todos os presos e situação da carceragem da PF. Comissão esta composta também por Renan Calheiros (MDB-AL), Edison Lobão (MDB-MA), Roberto Requião (MDB-PR) e Jorge Viana (PT-AC).
De acordo com o pernambucano, além de mostrar indignação com a prisão, o ex-presidente Lula falou sobre a política nacional e também sobre o cenário de cada Estado dos senadores. “Ele conhece o cenário de Pernambuco. A gente não aprofundou muito. Ele sabe que tem duas candidaturas que estão já postas: a nossa e a do PSB. E que a candidatura do PT ainda aguarda essa questão da definição de uma eventual aliança com o PSB. Essa coisa não está definida ainda. Não é segredo que se houver um entendimento a nível nacional do PSB com o PT, a coisa pode tomar um rumo. Se não houver, sabe-se que pode ter uma candidatura própria do partido”, afirmou Armando.