O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, ainda apresenta "quadro grave" de saúde, segundo a equipe da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG) que o atendeu. Os médicos disseram que ele chegou a correr risco de morte. Bolsonaro foi vítima de uma única facada durante corpo a corpo no centro do município mineiro, que provocou múltiplas lesões no intestino. Teve hemorragia extensa e foi operado. Está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em observação, acordado e respirando naturalmente.
Os médicos afirmaram que não há qualquer previsão de alta antes de "uma semana ou dez dias", tampouco de possibilidade de retomada da campanha nas ruas. A família queria transferi-lo para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, ainda esta noite, mas não há condições para isso, pelo seu estado delicado.
Os médicos relataram que Bolsonaro chegou ao hospital em estado de choque, com a pressão muito baixa. Ele sofreu três perfurações no intestino delgado, que foram suturadas, e uma lesão grave no intestino grosso, que foi retirado, em parte. Ele foi colostomizado e assim deve permanecer por cerca de dois meses.
"As lesões colocaram em risco a vida do paciente. O quadro é naturalmente grave, pela magnitude do traumatismo, mas ele está estável", afirmou o cirurgião Luiz Henrique Borsatoo.
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) falou pela primeira vez após ser esfaqueado, nessa quinta-feira (6), e passar por procedimento cirúrgico. Em um vídeo que circula pelas redes sociais e foi gravado na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, o candidato aparece agradecendo à equipe médica e afirmando que nunca fez mal a ninguém.