Paulo Câmara minimiza apoio de Marília a Dani Portela

Paulo Câmara também negou preocupação com liderança de Jair Bolsonaro na corrida presidencial
Paulo Veras
Publicado em 06/10/2018 às 7:52
Paulo Câmara também negou preocupação com liderança de Jair Bolsonaro na corrida presidencial Foto: Foto: Hélia Scheppa/Frente Popular


No penúltimo dia de campanha, o governador Paulo Câmara (PSB) manteve o tom confiante diante da possibilidade de vitória no primeiro turno e minimizou possíveis revezes de última hora, como o anúncio do apoio da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) a candidata Dani Portela (PSOL). A petista teve uma candidatura ao governo rifada pelo PT em troca da aliança com o PSB.

“Estou trabalhando para domingo. Isso aí para mim não faz importância. Importante é o povo de Pernambuco entender nossa mensagem”, afirmou o governador. Paulo prometeu não descansar até este domingo (7) para buscar votos na reta final. “Estamos andando bem. A mensagem do que vamos fazer nos próximos quatro anos está chegando em todos os cantos de Pernambuco. Estamos confiantes, determinados para termos uma bonita vitória”, sinalizou.

Nessa sexta-feira (5), o socialista anunciou o apoio de representantes da Central Única de Trabalhadores (CUT), do Sindicato dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco (Sindserpe), do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros (Sindipetro) e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha à sua candidatura pela reeleição.

Bolsonaro

Aliado do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), Paulo Câmara usou apenas uma palavra para negar preocupação com a liderança nas pesquisas do deputado federal e capitão da reserva Jair Bolsonaro (PSL). “Não”, respondeu à imprensa. Há dois dias, Paulo e o senador Humberto Costa (PT) conversaram seriamente sobre a onda a favor do presidenciável do PSL na reta final da campanha. De olho na reeleição, o governador tem evitado criticar Bolsonaro em público.

Nos bastidores, porém, interlocutores de Paulo Câmara se mostram preocupados com o desempenho do presidenciável do PSL. Os socialistas ainda apostam em um segundo turno, onde a dinâmica da campanha mudaria. Mas reconhecem sinais de alerta. Um deles é o crescimento do capitão da reserva entre os mais pobres, eleitorado tradicionalmente lulista, onde ele tinha menos votos. Outra coisa que assustou foi a proliferação de camisetas favoráveis ao presidenciável vendidas por camelôs. Se houver segundo turno, o PSB nacional se reúne na próxima terça-feira (9) para tentar formalizar apoio a Haddad.

Reta final

Nessa sexta, Paulo fez uma caminhada no entorno do Mercado de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. O socialista estava acompanhado de aliados com voto na cidade, como o deputado estadual Cleiton Collins (PP), o ex-vereador Neco (PP) e o ex-vice-prefeito Heraldo Selva (PSB). O ato, marcado para 15h, só começou depois das 17h, quando parte do comércio já estava fechando.

Na manhã deste sábado (6), o governador coordenou uma caminhada no bairro de Peixinhos, em Olinda, no Grande Recife. À tarde, ele encerra a campanha, com mais uma caminhada, dessa vez, no Cabo de Santo Agostinho, também na RMR.

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