Desde 1989, quando houve a redemocratização, nenhum candidato que ficou em segundo lugar na disputa do primeiro turno conseguiu reverter a situação e ser eleito presidente. Assim, o Partido dos Trabalhadores (PT) precisa de uma virada inédita na história da política brasileira para derrotar o candidato Jair Bolsonaro (PSL).
Com 99% das urnas apuradas, Fernando Haddad (PT) foi o segundo candidato mais votado e vai disputar o segundo turno com Bolsonaro. Haddad obteve 31,3 milhões de votos, o equivalente a 29,28% dos votos válidos. Bolsonaro, por sua vez, recebeu 49 milhões de votos, o equivalente a 46% dos votos válidos.
Haddad precisa, então, tirar uma vantagem que no primeiro turno foi de, pelo menos, 17,31% do votos válidos, algo em torno de 18 milhões de votos.
Desde o fim da ditadura militar, o Brasil teve um total de oito eleições presidenciais. Dessas, seis foram para o segundo turno (1989, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018).
Nesse período, o candidato que ficou mais perto de virar a disputa foi o ex-senador e deputado federal eleito por Minas Gerais Aécio Neves (PSDB).
Em 2014, ele chegou ao segundo turno com 33,5% dos votos válidos, enquanto Dilma Rousseff (PT) tinha obtido 41,59% --neste ano, ela não conseguiu se eleger senadora por Minas Gerais, perdendo para Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS).
No segundo turno, depois de obter o apoio de Marina Silva, então no PSB, Aécio obteve 48,36% dos votos válidos, contra 51,64% de Dilma, uma diferença de pouco mais de 3% dos votos válidos.