Delúbio é alertado sobre proibição de regalias na prisão

Trabalho do ex-tesoureiro do PT na CUT foi suspenso após a veiculação de notícias sobre supostos privilégios garantidos a condenados por envolvimento com o mensalão
Da AE
Publicado em 18/03/2014 às 21:45


O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi alertado nesta terça-feira (18) durante audiência na Vara de Execuções Penais (VEP) sobre a proibição de regalias para presos no sistema penitenciário do Distrito Federal. O petista cumpre pena no regime semiaberto em Brasília por participação no esquema do mensalão.

Na audiência ocorrida na VEP, Delúbio pediu ao juiz Bruno Ribeiro que restabeleça a autorização para que ele trabalhe na Central Única dos Trabalhadores (CUT). O trabalho externo foi suspenso temporariamente após a veiculação de notícias sobre supostos privilégios garantidos a condenados por envolvimento com o mensalão, como alimentação diferenciada.

Por causa das supostas regalias, o Ministério Público do Distrito Federal defendeu a transferência dos condenados por envolvimento com o mensalão para um presídio federal. Para integrantes do MP, mesmo com a revelação da existência de privilégios, persistiram o tratamento diferenciado e a ingerência indevida do Executivo local no sistema prisional do Distrito Federal.

Em documento enviado na semana passada à VEP, o MP reiterou o pedido para transferência dos presos. Na avaliação dos promotores, a administração do Distrito Federal, que está nas mãos do governador Agnelo Queiroz (PT), não teria respondido de forma satisfatória a perguntas sobre as supostas regalias garantidas a presos por envolvimento com o esquema do mensalão.

Depois da audiência na VEP, o advogado Frederido Donati, que participa da equipe de defesa de Delúbio Soares, afirmou que nem os integrantes do Ministério Público nem o juiz fizeram questionamentos sobre as supostas regalias. "O que ocorreu foi uma audiência em que o juiz muito falou e expressou a preocupação dele em preservar o sistema penitenciário, longe de tensões", disse. Conforme Donati, o juiz pediu a colaboração e Delúbio respondeu que pretende cumprir a pena de forma rápida e sem causar preocupações.

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