O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o movimento de articulação para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja candidato em 2018 ainda não começou porque a eleição de 2014 acabou de ser concluída. "Isso ainda não existe porque a presidente acabou de ser eleita. Mas eu pessoalmente defendo essa alternativa", destacou.
Falcão diz acreditar que, se a candidatura de Lula for apresentada, receberá um grande apoio do PT. "Mas isso depende de o presidente Lula aceitar. E ele já disse que não quer", afirmou. O ex-presidente, quando questionado sobre seu possível retorno, tem desconversado. Em alguns momentos diz que não sabe se estará vivo até lá e em outros afirma que nunca sairá da política.
Segundo Falcão, Lula sempre atendeu os apelos da maioria do partido e isso deve pesar na decisão. "E vai ter bastante apelo" afirmou. Em relação à participação do ex-presidente neste novo governo, Falcão disse que "ninguém recruta" Lula, mas que ele terá o seu papel. "Ele vai ajudar muito", afirmou, referindo-se às possíveis dificuldades de articulação política.
Lava Jato
Falcão desqualificou novamente as declarações do doleiro Alberto Youssef de que Lula teria conhecimento de esquemas de corrupção da Petrobras e também voltou a criticar a revista Veja. "Eu acho que é preciso primeiro que o delator prove o que falou antes de envolver o presidente Lula numa afirmação caluniosa", disse.
Segundo Falcão, nem o doleiro nem a publicação que, para ele, faz "jornalismo de esgoto", "merecem crédito". Ele voltou a dizer que é preciso ter conhecimento dos depoimentos porque "a alusão genérica do PT (na operação Lava Jato) atinge todos nós". "É preciso que se tenha provas que se comprove crimes, para tomarmos as providências", disse. O presidente do partido disse ainda que todos os processos contra a Veja serão mantidos e que, das sete ações judiciais, algumas obtiveram liminar.