CPI da Petrobras começa com bate-boca, gritos e ofensas

O anúncio de mudanças na relatoria da comissão contrariou alguns deputados, que discutiram com o presidente da CPI
Do JC Online
Publicado em 05/03/2015 às 11:47
O anúncio de mudanças na relatoria da comissão contrariou alguns deputados, que discutiram com o presidente da CPI Foto: Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil


O clima ficou tenso no início da sessão da CPI da Petrobras na manhã desta quinta-feira (5), na Câmara dos Deputados. Gritos de "Vossa Excelência, me respeite!", foram repetidos a exaustão pelo presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), após ser questionado pela decisão de criar quatro sub-relatorias, sem submeter a questão ao plenário.

O deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) chegou a se dirigir à mesa da CPI e chamar o presidente de "moleque", referência a sua idade divergente dos padrões da Câmara. "Cabelo branco não é sinônimo de respeito! Vossa Excelência, me respeite!", repetia Hugo Motta, que tem 25 anos.

A divisão, anunciada durante a reunião da comissão para escolha dos vices-presidentes e a definição dos roteiros de trabalho da CPI, passou o comando da CPI para os deputados Bruno Covas (PSDB-SP), Arnaldo Faria de Sá (PP-SP), André Moura (PSC-SE) e Altineu Côrtes (PR-RJ).

Com a medida, o relator da CPI, o petista Luiz Sérgio (RJ), teve o seu papel diminuído, o que provocou a reação dos parlamentares dos demais partidos, como o PT e o Psol. A criação de sub-relatorias tem sido apontada como uma tentativa da oposição para minimizar a atuação do PT na CPI.

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