Em depoimento de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa apontou irregularidades na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde alguns dos investigados na Operação Lava Jato estão presos.
Ele disse que usou duas vezes um telefone celular dentro de uma das celas para falar com a família e que foi servido um prato de costela na prisão. Costa acredita que a refeição foi paga pelo doleiro Alberto Youssef, "único que possuía dinheiro em espécie dentro da custódia".
Sobre o celular, ele disse que o aparelho era entregue para o doleiro Alberto Youssef. O ex-diretor afirmou aos investigadores que não sabia quem entregava o celular, pois estava preso em uma ala oposta.
Paulo Roberto Costa disse que um carcereiro chamado Benites pediu doações para um asilo que ele ajudava. Após o acerto por telefone, fornecido pelo carcereiro, uma das filhas do ex-diretor da Petrobras fez dois depósitos, de R$ 1 mil e R$ 2 mil, para o carcereiro.
O caso foi descoberto pela Polícia Federal em julho de ano passado. Um inquérito foi aberto, mas a conclusão não foi divulgada.