Após depor em CPI, Gabrielli participa de ato em defesa da Petrobras na BA

Às 15h, as mesmas centrais sindicais devem se juntar em protesto contra as últimas medidas econômicas do governo e em favor do plebiscito constituinte
Da Folhapress
Publicado em 13/03/2015 às 14:50
Às 15h, as mesmas centrais sindicais devem se juntar em protesto contra as últimas medidas econômicas do governo e em favor do plebiscito constituinte Foto: Foto Lucio Bernardo Jr./ Câmara dos Deputados


O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, que nesta quinta-feira (12) prestou depoimento à CPI da estatal, participou nessa sexta (13) de um protesto em frente ao prédio da empresa, no bairro do Itaigara, em Salvador (BA).

"Falei a verdade buscando retirar a espuma e as versões que tentam caracterizar comportamentos individuais criminais -que devem ser punidos- como se fossem um sistema de corrupção. Ao meu ver, é uma versão fantasiosa", afirmou.

Cerca de mil pessoas protestaram nesta manhã na capital baiana em apoio à Petrobras. Organizado pela CUT, FUP, Sindipetro-Ba, o ato contou também com a presença de MST, PT e PCdoB. Os manifestantes se dispersaram por volta das 11h.

Às 15h, as mesmas centrais sindicais devem se juntar à caminhada no largo do Campo Grande, em protesto contra as últimas medidas econômicas do governo e em favor do plebiscito constituinte.

DEPOIMENTO NA CPI

Em seu depoimento à CPI, Gabrielli afirmou repetidas vezes que a corrupção na Petrobras não é sistêmica. Ele disse que os casos de pagamento de propina são "caso de polícia", já que nem mesmo as auditorias externas conseguiram identificar o problema.

Ao contrário do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) -que prestou depoimento à CPI no mesmo dia, Gabrielli recebeu críticas de deputados, e o clima chegou a esquentar. Houve bate-boca entre Gabrielli e alguns parlamentares.

O líder do PSDB Carlos Sampaio (SP) chegou a chamar Gabrielli de "cara de pau". Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse que ele era "cúmplice de um assalto de proporções gigantescas". Gabrielli repeliu as acusações e lembrou que, apesar de investigado, não está sendo indiciado.

Ele admitiu que cometeu um equívoco ao dizer que não indicou o ex-gerente Pedro Barusco, em entrevista ao "Jornal Nacional", mas arrancou risos de alguns parlamentares ao reiterar que a compra da refinaria de Pasadena foi um bom negócio. Os bens do ex-presidente da Petrobras estão bloqueados, juntamente com o de outros ex-diretores, por terem sido responsabilizados pelo TCU pelos pelos prejuízos de quase R$ 2 bilhões na compra da refinaria.

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