Ex-representante de empresa holandesa se coloca à disposição da CPI da Petrobras

A informação foi repassada pelo deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS), autor do requerimento que pediu a convocação dos filhos de Faerman
Da ABr
Publicado em 20/05/2015 às 18:20
A informação foi repassada pelo deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS), autor do requerimento que pediu a convocação dos filhos de Faerman Foto: Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados


O ex-representante da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil, Júlio Faerman, fez contato nesta quarta-feira (20) com integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, colocando-se à disposição do colegiado para depor. Isso ocorreu pouco mais de uma hora depois de a CPI ter convocado os filhos de Faerman para falarem na comissão.

A informação foi repassada pelo deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS), autor do requerimento que pediu a convocação dos filhos de Faerman, Marcelo e Eline, além do sócio do lobista, Luiz Eduardo Barbosa. O pedido foi feito durante a reunião em que o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, e Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia, foram ouvidos.

“Olhe só, senhor presidente [da CPI, Hugo Motta], para provar que a nossa decisão de convocar os filhos foi correta, às 17h01 o senhor Júlio Faerman mandou um documento dizendo que estará no Brasil em breve, mandou endereço e disse ter disponibilidade para estar aqui [na CPI]”, disse Lorenzoni.

Antes da comissão decidir pela convocação dos filhos de Faerman, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), encaminhou ofício notificando a Polícia Federal e a Interpol pedindo a prisão preventiva do lobista e sua condução para depor no colegiado. A CPI vai solicitar também que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, determine a prisão preventiva de Faerman.

O pedido para a prisão de Faerman ocorre após a CPI ter colhido o depoimento do ex-executivo do SBM Offshore Jonathan David Taylor, em Londres. Na avaliação dos parlamentares da comissão, as declarações de Jonathan Taylor incriminam Faerman ainda mais. 

De acordo com Lorenzoni, o ex-diretor indicou Marcelo e Luiz Eduardo como operadores do esquema. Já a filha de Faerman foi convocada por ser sua secretaria e estar a par da agenda do lobista.

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