'Ajuste não é nem de direita, nem de esquerda, nem de centro', diz Dilma a jornal

A presidente disse ainda que o ajuste fiscal "não é uma escolha". "O ajuste é essencial. Não é algo que você pode ou não fazer: não há alternativa senão fazê-lo
Folhapress
Publicado em 08/06/2015 às 20:28
A presidente disse ainda que o ajuste fiscal "não é uma escolha". "O ajuste é essencial. Não é algo que você pode ou não fazer: não há alternativa senão fazê-lo Foto: Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR


Em entrevista ao jornal belga "Le Soir", publicada nesta segunda (8), a presidente Dilma Rousseff defendeu o freio de arrumação que seu governo está promovendo nas contas públicas e rechaçou a teoria de que sua equipe econômica está usando uma cartilha conservadora para organizar as finanças. "Tivemos que fazer esse ajuste, que não é nem de direita, nem de esquerda, nem de centro", afirmou.

A presidente disse ainda que o ajuste fiscal "não é uma escolha". "O ajuste é essencial. Não é algo que você pode ou não fazer: não há alternativa senão fazê-lo. E para isso é preciso coragem", concluiu.

As recentes medidas econômicas têm sido alvo de críticas, inclusive do PT, partido de Dilma. Recentemente, parlamentares e militantes da sigla criticaram a agenda econômica e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A presidente saiu em defesa do subordinado em entrevista publicada nesta segunda pelo "O Estado de S. Paulo". À publicação, Dilma disse que Levy não deveria ser tratado como "judas".

Ao "Le Soir", Dilma voltou a sustentar que o ajuste "não é um fim em si mesmo" e que deve ser encarado como uma etapa para a retomada do crescimento do país.

PETROBRAS

Questionada sobre os efeitos da corrupção na Petrobras, Dilma afirmou que seu governo defende as investigações e tentou restringir os desvios a um grupo que não pertencia à sua equipe de confiança.

"A Petrobras é uma empresa com 90 mil funcionários. No entanto, apenas cinco pessoas estão envolvidas neste escândalo. (...) Essas cinco pessoas já não estavam trabalhando na Petrobras desde o final de 2011. Não porque eram suspeitos, mas porque quando eu tomei posse, eles não faziam parte dos membros da equipe em que eu confio", afirmou.

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