A defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu entrou nesta quinta-feira (2) com pedido de habeas corpus para evitar possível prisão por causa da Operação Lava Jato. Segundo o advogado Roberto Podval, devido à dinâmica das investigações, “tudo leva a crer” que Dirceu está prestes a ser preso. O ex-ministro cumpre prisão em regime aberto por ter sido condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Podval afirma que a eventual prisão do ex-ministro não se justifica, pois ele está colaborando com as investigações desde o momento em que passou a ser investigado na Lava Jato. A defesa alega que o ex-ministro é alvo de uma “sanha persecutória”.
“Ele abriu mão de seus sigilos telemático e telefônico, e se colocou à disposição, mais de uma vez, para prestar esclarecimentos à autoridade policial e ao Ministério Público Federal sobre os fatos apurados no inquérito policial”, explicou Podval.
O advogado informou à Justiça Federal que a empresa JD Consultoria, de propriedade de Dirceu, encerrou suas atividades e encaminhou os documentos sobre os serviços prestados às empreiteiras Galvão Engenharia, OAS e UTC, investigadas na Lava Jato.
“Não há um único indício de que o paciente (já preso, ressalte-se) esteja influindo, de alguma forma, na coleta das provas, seja criando entraves na investigação, seja ameaçando ou cooptando testemunhas”, disse o defensor.