O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), informou nesta quinta-feira (13) que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato na primeira instância, autorizou para o próximo dia 25 a acareação entre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.
Investigados pela operação, os dois são delatores do esquema de corrupção na Petrobras e devem ser confrontados pelos deputados da CPI sobre contradições em seus depoimentos em colaboração com a Justiça. A acareação chegou a ser marcada para o início deste mês, mas foi adiada após Moro enviar à CPI um atestado médico encaminhado por Costa, alegando doença.
Antes, a comissão continuará ouvindo depoimentos de pessoas ligadas aos mercados de câmbio e financeiro e apontadas como participantes do esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propina envolvendo a Petrobras.
Nesta quinta-feira, Motta também se reunirá com o ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello para tratar da manutenção do depoimento de acareação do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco com o ex-diretor de Serviços da empresa Renato Duque.
No dia 7 de julho, Mello concedeu habeas corpus adiando a acareação marcada para o dia seguinte. O ministro acatou o argumento da defesa do ex-gerente da Petrobras, segundo o qual ele passara a sentir fortes dores e formigamentos nos membros inferiores, em consequência de um câncer ósseo. Apesar de pedir o adiamento, Barusco assumiu o compromisso de ir à CPI em data posterior.
“Vou apelar ao ministro Celso de Mello, decano da Corte, para que ele possa reavaliar o habeas corpus concedido. Saíram diversas reportagens e matérias que provam que ele [Barusco] tem, sim, condições de vir à CPI”, afirmou Motta.