Movimentos sociais e grupos simpáticos ao governo da presidente Dilma Rousseff realizam na manhã deste feriado de 7 de Setembro, no centro do Recife, o tradicional Grito dos Excluídos.
Organizado pela CUT, o ato ocorre há 21 anos com pautas em defesa das minorias. Diante da crise política e em contraponto a pedidos de impeachment de Dilma, o ato deste ano também assumiu um discurso de defesa do mandato da petista.
"No momento político que nós vivemos, onde há toda uma carga de preconceito contra o governo popular de uma mulher, eu estou aqui em apoio a esta mulher", disse a desempregada Marlene Espíndola, 55.
Entre faixas e cartazes, havia pedidos de "Fora Cunha", "Contra o plano Renan-Levy" e em defesa do ex-presidente Lula. Apesar da defesa do governo Dilma feita nos discursos nos carros de som, bandeiras do PT e camisas com o rosto da presidente foram pontuais.
O tema central do ato neste é a "reforma política para democratizar a comunicação", mas houve demandas diversas, como pelo fim do financiamento privado de campanhas eleitorais, contra a privatização da Petrobras, em defesa da reforma agrária e por mais participação das mulheres no poder.
"Estou aqui para protestar contra a exclusão social no mundo, e também no Brasil", disse o produtor cultural Amilton Roberto Poeta, 56, que estava vestido com trajes de couro típicos do Nordeste e tocando triângulo.
Cerca de mil pessoas participam da passeata, segundo a Polícia Militar. Os organizadores ainda não divulgaram estimativa de participantes.
Entre os grupos participantes, estão MST, Levante Popular da Juventude, Pastoral Carcerária, Movimento Ocupe Estelita, CUT e CTB.
A concentração começou às 9h, na praça Oswaldo Cruz. Por volta das 11h, o grupo começou uma passeata pelas ruas do centro do Recife.