O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reuniu nesta terça-feira (22) sua equipe de secretários da pasta para falar de sua saída do cargo. O encontro foi realizado no mesmo dia em que o Palácio do Planalto informou ao ministro que seu posto seria oferecido ao PMDB na reforma administrativa realizada pelo governo federal.
Nesta quarta-feira (23), a presidente Dilma Rousseff informou à cúpula nacional do PMDB que colocará no comando do Ministério da Saúde um dos deputados federais indicados pelo partido. O nome que conta com maior simpatia da petista, segundo auxiliares e assessores, é o de Manoel Júnior (PB).
Segundo relatos, o ministro já dá como certa sua saída do cargo. Em conversas reservadas, ele tem dito que, mesmo que o PMDB não assuma a pasta, ele não pretende permanecer nela, já que se sentiu rifado pelo governo federal.
A entrega da pasta para o PMDB foi costurada no último fim de semana pelo Palácio do Planalto. A ideia inicial era colocar no posto um nome que fosse indicado do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB). A intenção, no entanto, não teve respaldo da bancada do partido na Câmara dos Deputados, o que levou o governo federal a pedir indicações aos parlamentares peemedebistas.
A presidente teve encontros com parlamentares com ministros da sigla no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, para definir o espaço da legenda na nova configuração da Esplanada dos Ministérios.
Na sequência, a petista se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a cúpula nacional do PT: o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e os ministros petistas Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais), Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (Defesa).
A expectativa é de que a presidente anuncie quarta (23) ou quinta-feira (24) a nova configuração da Esplanada dos Ministérios.