O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), encontrou a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (23) para entregar os nomes escolhidos pela bancada do partido para ocupar as pastas da Saúde e da Infraestrutura (fusão entre Portos e Aviação Civil) na reforma ministerial em curso no governo. A presidente deve anunciar seu escolhido nesta quinta-feira (24).
Os sete nomes foram escolhidos na terça-feira (22) em uma longa reunião da bancada, que decidiu fazer indicações por 42 votos a nove. Para Infraestrutura, os peemedebistas da Câmara indicaram José Priante (PA), Mauro Lopes (MG), Celso Pansera (RJ) e Newton Cardoso Júnior (MG). Para Saúde, foram indicados Saraiva Felipe (MG) - já vetado por Dilma -, Manoel Júnior (PB) e Marcelo Castro (PI).
Segundo um dos participantes da reunião, a petista recebeu a lista de nomes sem fazer comentários e ficou de dar uma resposta até esta quinta-feira. Ela não abordou no encontro a vontade que externou a interlocutores de manter no governo o atual ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, colocando-o na pasta de Infraestrutura. A bancada da Câmara é contra.
Picciani também defendeu a permanência do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) no governo. Ele hoje ocupa o Ministério do Turismo. O líder do PMDB na Câmara informou o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), sua intenção de manter Alves. Oliveira não tomou posição.
O Senado tem direito a duas indicações e deve manter Kátia Abreu (Agricultura) e Eduardo Braga (Minas e Energia). A intenção de Picciani é que Henrique Alves seja apresentado como o nome de consenso entre Câmara e Senado para ocupar o quinto ministério oferecido ao partido.
A oferta de ministérios ao PMDB garantiu ontem apoio do partido à manutenção dos vetos presidenciais na sessão do Congresso que foi interrompida nesta madrugada por falta de quórum. Segundo relatos, a presidente agradeceu a Picciani a "ajuda" da bancada.