A presidente Dilma Rousseff disse, neste sábado (26) em Nova York (EUA), que o governo está "extremamente preocupado" com a escalada do dólar devido às empresas endividadas na moeda americana.
O dólar atingiu R$ 4,249 na quinta-feira, o maior valor da história do Plano Real, mas depois recuou. A moeda à vista, referência no mercado financeiro, fechou na sexta em baixa de 3,49%, para R$ 3,974 na venda. Na semana, a moeda acumulou alta de 1,46% —a sexta semana seguida de alta.
Dilma afirmou que "o Brasil hoje tem reservas suficientes para que nós não tenhamos nenhum problema em relação a nenhuma disruptura por conta do dólar".
A presidente disse que o "governo terá uma posição bem clara e firme como foi essa que o Banco Central teve ao longo do final da semana passada".
O BC realizou nesta sexta dois leilões de novos contratos de swaps cambiais, que movimentaram juntos cerca de US$ 1,971 bilhão. A operação equivale a uma venda futura de dólares. A autoridade também deu sequência a sua atuação diária para estender o prazo de papéis já existentes, que girou em torno de US$ 443,1 milhões.
A intervenção teve reforço de empréstimos de até US$ 1 bilhão com compromisso de recompra em 4 de janeiro de 2016. O objetivo é dar liquidez aos mercados: ou seja, mostrar que haverá compradores e vendedores a qualquer preço que os ativos atingirem, reduzindo a volatilidade das cotações.
A autoridade monetária tem atuado em conjunto com o Tesouro, que anunciou na quinta-feira (24) o lançamento de um programa de leilões diários de títulos públicos.