Ex-tesoureiro de Lula e Dilma diz a Moro que acusações 'são inverídicas'

Ricardo Pessoa também afirmou que as doações de sua empresa ao PT vinham da propina do esquema de corrupção na Petrobras
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 09/10/2015 às 18:00
Ricardo Pessoa também afirmou que as doações de sua empresa ao PT vinham da propina do esquema de corrupção na Petrobras Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


O ex-tesoureiro das campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e Dilma em 2010, José de Filippi Junior, afirmou em petição encaminhada à Justiça Federal no Paraná, sede da Lava Jato, que tem "pleno interesse em ser ouvido e esclarecer os fatos investigados".

A manifestação foi encaminhada pela defesa do ex-tesoureiro ao juiz Sérgio Moro na quinta-feira (8). Na petição, José de Filippi refuta as acusações do empreiteiro e delator na Lava Jato, Ricardo Ribeiro Pessoa. Dono da UTC Engenharia, apontada como carro-chefe do cartel de construtoras que assumiu o controle de contratos bilionários na Petrobras entre 2004 e 2014, Ricardo Pessoa afirmou ter sido apresentado por José de Filippi a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT preso na Lava Jato.

Ricardo Pessoa também afirmou que as doações de sua empresa ao PT vinham da propina do esquema de corrupção na Petrobras.

Segundo o delator, de 2004 a 2014, a UTC repassou R$ 20,5 milhões em propinas no esquema da Petrobras ao PT. José de Filippi, que foi tesoureiro das campanhas de Dilma e Lula, diz que as informações sobre as doações para o partido são "inverídicas" e pediu acesso à investigação.

"Por fim, o peticionário (Filippi) manifesta sua intenção de colaborar com a investigação, estando à disposição de Vossa Excelência e da Polícia Federal, por seus advogados, podendo, no período em que estiver viajando, através deles receber as comunicações que se fizerem necessárias.", conclui o documento encaminhado à Justiça Federal.

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