Coautora de um dos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, a advogada Janaina Conceição Paschoal prometeu apresentar uma nova peça contra a petista, oferecendo assim ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma nova "oportunidade de dizer de que lado ele está".
Um roteiro traçado pela oposição para o andamento do pedido original de Janaina Pascoal, assinado pelos também advogados Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, foi suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Caberá a Cunha aceitar a nova petição. "Na minha opinião, estamos dando ao deputado Eduardo Cunha a oportunidade de dizer de que lado ele está", disse a advogada na tarde desta quarta-feira (14). "Quero que mostre se está do lado do Brasil ou do PT", completou.
Segundo a advogada, o novo pedido será feito para que não haja nenhuma desculpa para a rejeição. "Na minha interpretação pessoal, as decisões do STF não impossibilitam que o presidente da Câmara aceite nosso pedido [anterior], que está perfeito", explicou.
Como há duvidas sobre a inclusão de novos argumentos nos pedidos de afastamento, a nova peça de Bicudo, Reale Jr. e Paschoal será uma compilação da petição inicial e de todos os aditamentos feitos. Também serão incluídos o resultado do julgamento do TCU, que reprovou as contas de Dilma de 2014, e irregularidades atribuídas à presidente em 2015.
Paschoal, Bicudo e Reale Jr. se encontraram nesta quarta com o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP) para tratar do tema.
Ela afirmou que não interfere na estratégia política para que o pedido seja aceito por Cunha, pois é uma questão que foge de sua alçada: "O meu papel é fazer um trabalho técnico, fundamentado, e apresentar."
A autora do pedido disse também não saber quais são as estratégias traçadas pela oposição: "Pelo que eu sinto, ninguém tem certeza de nada."