Dilma aposta em troca de ofertas com União Europeia até o fim de novembro

A troca de propostas é o passo necessário e decisivo para um acordo de livre comércio entre os dois blocos
Da Folhapress
Publicado em 19/10/2015 às 9:52
A troca de propostas é o passo necessário e decisivo para um acordo de livre comércio entre os dois blocos Foto: Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (19) esperar que a troca de ofertas comerciais entre Mercosul e União Europeia ocorra até o final de novembro.

A troca de propostas é o passo necessário e decisivo para um acordo de livre comércio entre os dois blocos.

"Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais do Mercosul com a UE na data acordada com a comissária para questões comerciais da UE, isto é, até o final de novembro, última semana de novembro", afirmou Dilma.

A declaração sobre os blocos econômicos foi dada durante entrevista coletiva após o comunicado conjunto feito por ela ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, em Estocolmo (Suécia), onde ela se encontra desde sábado (17) para encontro com autoridades e empresários locais.

"Somos muito otimistas em relação a esse acordo. Do ponto de visto do Mercosul, está pronto para ser assinado, e acreditamos que, do ponto de vista da UE, os sinais também são bem positivos", disse a presidente.

A presidente também afirmou, sobre a possibilidade de impeachment, que não acredita em ruptura institucional.

A negociação de livre comércio entre Mercosul e UE se arrasta há mais de 15 anos. Em junho, durante visita à Bélgica, Dilma havia declarado que o Brasil estava pronto para acelerar a troca de ofertas em julho. Mas as conversas não avançaram neste sentido e estipulou-se o fim deste ano como limite para tanto.

A oferta de cada bloco significa, em tese, o que cada um tem a oferecer em termos de tarifa zerada numa relação comercial entre eles. É a principal etapa para que um acordo seja selado.

Em setembro, o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) declarou à Folha de S.Paulo que esperava que essa troca ocorresse já em outubro.

Ao lado de Dilma, o primeiro-ministro sueco evitou entrar em detalhes sobre o tema e apenas destacou que torce para que o acordo seja estabelecido o quanto antes. "A Suécia há muito tempo trabalha com sistema de comércios abertos", declarou.

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