John Kerry pede o fim da violência entre israelenses e palestinos

Cisjordânia e Jerusalém Oriental convivem há duas semanas e meia com uma escalada da violência que provoca o temor de uma nova intifada
Da AFP
Publicado em 19/10/2015 às 7:58
Cisjordânia e Jerusalém Oriental convivem há duas semanas e meia com uma escalada da violência que provoca o temor de uma nova intifada Foto: Foto: NICHOLAS KAMM / AFP


O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu nesta segunda-feira (19) o fim da violência entre israelenses e palestinos, com um apelo de contenção às duas partes.

"Queremos que se restabeleça a calma e o fim da violência", disse Kerry, durante uma entrevista coletiva em Madri ao lado do chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo.

Cisjordânia e Jerusalém Oriental, a parte palestina da Cidade Sagrada anexada e ocupada por Israel, convivem há duas semanas e meia com uma escalada da violência que provoca o temor de uma nova intifada.

Os atos violentos chegaram ao coração de Israel, com a multiplicação dos ataques com facas, em sua maioria cometidos contra israelenses e judeus por palestinos revoltados com a ocupação.

Kerry confirmou que se reunirá esta semana com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Alemanha e depois com o presidente palestino, Mahmud Abbas, no Oriente Médio.

O chefe da diplomacia americana, que não visita Israel e os territórios palestinos desde julho de 2014, após o fracasso do processo de paz, também falou sobre o "status quo" em vigor na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, sob responsabilidade da Jordânia.

"Israel compreende a importância do status quo", disse Kerry.

"Não, não buscamos uma modificação (das regras do status quo), não buscamos que atores externos ou outros venham", advertiu o secretário de Estado.

"Não acredito que Israel deseje isto, não acredito que o rei Abdullah e a Jordânia queiram", completou.

John Kerry fez referência desta maneira, mas sem mencionar de maneira direta, a ideia de uma presença internacional na Esplanada das Mesquitas, atribuída ao governo da França e rejeitada com veemência por Israel. 

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