A presidente Dilma Rousseff cobrou nesta quarta-feira (18) da indústria automobilística que incorpore nas linhas de produção do mundo inteiro tecnologias de segurança que ajudem a reduzir as mortes no trânsito.
Em abertura do 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança do Trânsito, a petista atribuiu ao setor automotivo, beneficiado pelo governo federal com incentivos fiscais, a responsabilidade pela padronização de equipamentos e afirmou que "não há desculpas" para não se investir em segurança no trânsito.
"É fundamental que a indústria automobilística incorpore tecnologias de segurança nas linhas de produção em todo o mundo. É fundamental que se padronize equipamentos, como por exemplo os capacetes", cobrou.
A presidente voltou a se comprometer com a meta estabelecida pelo governo federal com a ONU (Organização das Nações Unidas) de reduzir pela metade o número de mortes no trânsito no país até 2020.
Ela lembrou que atualmente os países em desenvolvimento, como o Brasil, respondem por mais de 90% das mortes, ainda que detenham apenas 54% da frota mundial.
"A prioridade hoje é prevenir acidentes. De 2012 a 2013, por exemplo, a Lei Seca diminuiu o número de mortes no trânsito em 6%. Essa redução é a primeira consistente após mais de uma década de aumento", ressaltou.
A petista lembrou ainda que os prejuízos decorrentes de acidentes de trânsito representam hoje 3% do PIB mundial e 5% do PIB dos países em desenvolvimento.
No final do evento, a presidente se emocionou ao citar na plateia familiares de vítimas de acidentes de trânsito e elogiou o trabalho da Fundação Thiago Gonzaga, que promove trabalho de conscientização no trânsito.