Diretor Geral da Funeso é preso em CPI das Faculdades Irregulares

Célio da Costa Silva foi detido após se contradizer em CPI que investiga faculdades que ministram cursos irregularmente no Estado
Do JC Online
Publicado em 18/11/2015 às 21:44
Célio da Costa Silva foi detido após se contradizer em CPI que investiga faculdades que ministram cursos irregularmente no Estado Foto: Foto: Rodrigo Carvalho/ Acervo JC


Atualizada às 23h08

O diretor geral da Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso), professor Célio da Costa Silva, foi detido na noite desta quarta-feira (18) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga faculdades do Estado suspeitas de ministrar cursos de maneira irregular. 

O docente recebeu voz de prisão do presidente da CPI, deputado Rodrigo Novaes (PSD), depois do parlamentar entender que o professor estava mentindo em seu depoimento.

“Ao ser questionado se a Funeso oferecia cursos na Bahia, no Rio Grande do Norte e na Paraíba, ele respondeu que não, mas depois confirmou a informação. Como estava sob juramento e não podia mentir, ele foi detido”, explicou Novaes. “A Funeso faz parte de uma rede nacional de venda de diplomas e o objetivo dessa CPI é estancar a sangria desse tipo de comércio em Pernambuco”, concluiu.

Após ser detido, o diretor foi conduzido pela Polícia Militar para a Central de Plantões da Capital, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife. Nenhum advogado de Célio da Costa quis falar sobre o caso e o delegado que registrou a ocorrência, Gilderley Alves, informou à reportagem que havia sido orientado por superiores a não dar entrevistas sobre o tema. 

A assessoria de imprensa da Polícia Civil e o diretor metropolitano da instituição, Joselito Kehrle, também foram procurados para prestar esclarecimentos sobre os procedimentos adotados na central, mas não responderam às chamadas. 

A CPI das Faculdades Irregulares foi criada há pouco mais de um mês após diversos estudantes denunciarem que foram lesados por instituições de ensino superior do Estado. A maior parte das queixas referem-se a cursos de extensão divulgados pelas faculdades como graduação, o que é ilegal. 

Segundo a deputada Teresa Leitão (PT), relatora da CPI, um relatório com os dados obtidos nas investigações feitas em Pernambuco será enviado para o Congresso Nacional e a abertura de uma CPI nacional será solicitada.

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