No G-20, Nelson Barbosa apresentará linhas das reformas fiscal e da Previdência

O encontro antecede a cúpula do G-20 - grupo das 19 maiores economias do mundo e União Europeia
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 19/02/2016 às 12:48
O encontro antecede a cúpula do G-20 - grupo das 19 maiores economias do mundo e União Europeia Foto: Foto: Reinaldo Ferrigno/Agencia Camara


Ainda sem propostas concretas sobre as reformas fiscal e da Previdência Social, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, quer levar os temas como colaboração do Brasil às discussões de ministros em reunião do G-20 em Xangai, na China. O ministro embarca na terça-feira (23) e tem previsão de retorno para uma semana depois.

O encontro antecede a cúpula do G-20 - grupo das 19 maiores economias do mundo e União Europeia - com a presença dos presidentes dos países-membros, marcada para setembro. De acordo com uma fonte do Ministério da Fazenda, a representação chinesa propôs que a reunião debata o tema de reformas estruturais. Cada ministro apresentará reforma que está fazendo em seu país, com a elaboração de um documento ao final do encontro.

"Como o governo brasileiro vai apresentar várias propostas de reforma estrutural, estamos confortáveis com essa ideia", disse, citando as reformas fiscal e da Previdência, além de medidas na área tributária. Também serão debatidas no encontro questões como investimentos em infraestrutura, papel dos bancos multilaterais e mecanismos de financiamento.

De acordo com essa fonte, o governo brasileiro avalia que a China está fazendo uma transição brutal na economia, saindo de um modelo focado em exportação e criando mais capacidade para um modelo baseado no mercado interno, o que será positivo. "O mundo inteiro tem a ganhar. É melhor eles estarem crescendo menos, mas de maneira sustentável, do que ter sobressaltos", disse.

Na China, Barbosa também vai visitar a sede do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), formado por Países do Brics. O Brasil fez em janeiro o primeiro aporte à instituição, no valor de US$ 150 milhões. Os primeiros empréstimos devem ser concedidos a partir de abril, ainda sem valores definidos. No caso do Brasil, as operações serão feitas pelo BNDES.

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