O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), desconversou nesta quinta-feira, 25, sobre a possibilidade de se reaproximar do PMDB no momento em que a discussão sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff voltou a ganhar força nos últimos dias após a prisão do marqueteiro da campanha à reeleição da petista, João Santana. O tucano disse que o PSDB não tem a prerrogativa de definir qual poderia ser o desfecho para a crise que envolve a presidente e citou três alternativas: impeachment, cassação dela e do vice Michel Temer por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou renúncia da presidente.
O impeachment de Dilma não favorece diretamente o PSDB, uma vez que assumiria o vice dela. Uma decisão do TSE, se ocorrer ainda este ano, levaria a novas eleições presidenciais - e o tucano desponta como um dos favoritos.
"Se setores do PMDB ou de outras forças políticas se somarem ao esforço da oposição - não sei se isso vai ocorrer - tanto melhor para o Brasil", disse o tucano, após participar de um ato na liderança do partido no Senado de filiação do deputado estadual Carlos Osório (RJ) ao PSDB. Ex-secretário de Transportes de Eduardo Paes e ex-filiado ao PMDB, Osório deve ser o candidato tucano à prefeitura do Rio. O presidente do partido disse que o novo filiado é um "quadro altamente qualificado".
Aécio afirmou que o "PSDB é como Minas" e "está onde sempre esteve", continuará fazendo oposição ao governo cuja sensação cada vez maior, segundo ele, é que a atual presidente não tem mais as condições mínimas de realizar a recuperação econômica do País.