Eliseu Padilha defende ministro interino do Planejamento

Ministro afirma que governo ainda não pensa em nome para substituição
ABr
Publicado em 24/05/2016 às 15:21
Ministro afirma que governo ainda não pensa em nome para substituição Foto: Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado


O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta terça-feira (24) que o governo ainda não pensa em um nome para substituir o ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, que deixou o cargo nesta terça-feira. Segundo Padilha, o ministro interino do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, permanecerá à frente da pasta até que Temer decida pelo retorno de Jucá, "se for o caso".

"Não se pensa em nenhum nome a não ser o do ministro que agora está no cargo, que é o Dyogo”, disse Padilha. “Aqui está o ministro interino. Ele cumprirá o papel até o momento em que o Temer decidir trazer de volta o Jucá, ser for o caso”.

Ao ser questionado sobre o fato de Oliveira ter sido citado na Operação Zelotes, Padilha afirmou que não há pedido de investigação ou inquérito contra ele.

“A citação tem relevância quando ela é convertida em inquérito. No caso, não existe inquérito nenhum. Não existe, que se saiba, nenhuma iniciativa de parte do Ministério Público solicitando que Dyogo venha a ser investigado. Até agora não se tem nenhum desconforto. Conheço a carreira profissional do Dyogo”, acrescentou o ministro.

A exoneração de Romero Jucá foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. Ontem (23), o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem informando que, em conversas gravadas em março, Romero Jucá teria sugerido ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, um pacto para impedir o avanço da Operação Lava Jato sobre o PMDB, partido do ministro.

Após a repercussão da matéria, Jucá anunciou que iria se licenciar do cargo até o Ministério Público Federal se manifestar sobre as denúncias contra ele.

Sobre o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ministro Eliseu Padilha informou que, ao reassumir o mandato de parlamentar, ele dará importante contribuição ao governo no Senado. “O governo ganha no Senado aquele que tem se consagrado como relator-geral da República. Qualquer tema que seja complexo acaba sendo relatado por ele”, concluiu Padilha.

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