Além de tentar encurtar o prazo do processo de impeachment, os senadores da base aliada do presidente em exercício, Michel Temer, tentam agora diminuir a quantidade de testemunhas da defesa de Dilma Rousseff a serem ouvidas na comissão especial.
Na peça da defesa prévia da presidente afastada, o ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo apresentou uma lista de mais de 50 testemunhas para depor no processo.
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) argumentou que a presidente se defende apenas de duas acusações, uma sobre a edição de créditos suplementares e outra sobre as pedaladas fiscais. De acordo com ele, a presidente teria o direito de trazer apenas 16 testemunhas - oito para cada caso.
O presidente da Comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), concordou que a presidente afastada tenha o direito de trazer oito testemunhas para cada caso analisado. Alegou, entretanto, que estão sob análise cinco decretos diferentes, além da operação de crédito referente ao Plano Safra. Dessa forma, a presidente teria direito a 48 testemunhas. Os requerimentos para trazer testemunhas ainda serão votados pelo colegiado para uma decisão final.