Conselho de Ética pode votar nesta terça processo contra Cunha

O relatório é favorável ao afastamento de Cunha, presidente afastado da Câmara
ABr
Publicado em 07/06/2016 às 9:25
O relatório é favorável ao afastamento de Cunha, presidente afastado da Câmara Foto: Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara


Os 21 integrantes do Conselho de Ética da Câmara começam a discutir nesta terça-feira (7) o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) sobre o processo contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O relatório é favorável ao afastamento de Cunha, presidente afastado da Câmara. O documento foi apresentado na reunião da última quarta-feira (1º), mas um pedido de vista conjunta adiou a discussão para esta terça-feira (7).

O desfecho, no entanto, pode ocorrer apenas nesta quarta (8) ou quinta-feira, caso os debates se estendam por horas e seja iniciada a Ordem do Dia no plenário da Casa, o que impede que qualquer votação ocorra nas comissões.

Cunha é acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome, o que poderia caracterizar quebra de decoro parlamentar. O deputado, que foi o responsável pela sua defesa no colegiado em 19 de maio, negou ser o titular e afirmou que é apenas beneficiário dos recursos advindos de trustes. Ele que essa situação ficou “comprovada na instrução do processo no conselho”.

Votação

O parlamentar aposta na rejeição do relatório. Pelas contas de assessores do conselho, Cunha tem dez votos a favor e ficaria nas mãos da deputada Tia Eron (BA), que substituiu Fausto Pinato (PRB-SP) no colegiado, provocando a reação dos parlamentares contrários a Cunha que consideraram a troca como uma estratégia para reforçar o apoio ao acusado.

Se a deputada votar a favor da cassação, o placar empatado por 10 a 10 pode ser definido pelo presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA). Tia Eron, no entanto, pode também pesar a balança a favor de Cunha, totalizando 11 votos a favor.

PEDIDO DE PRISÃO - De acordo com informações da Globonews, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão do presidente afastado da Câmara. O pedido está sendo analisado pelo ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.

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