Eduardo Cunha garante que não vai renunciar à presidência da Câmara

Presidente afastado afirmou que não tem motivos para renunciar e afirma: "Estou pagando preço por livrar o Brasil do PT"
JC Online
Publicado em 21/06/2016 às 12:30
Presidente afastado afirmou que não tem motivos para renunciar e afirma: "Estou pagando preço por livrar o Brasil do PT" Foto: Foto: Agência Brasil


O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, garantiu, na manhã desta terça-feira (21), que não vai renunciar ao cargo. Havia uma expectativa grande para a que ele pedisse renúncia. "Não tenho motivos para renunciar. Já deixei isso bem claro", afirmou.

Cunha falou sobre o assunto durante uma hora e meia. Falou que está sendo vítima de uma perseguição por ter levado adiante o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo e esperando a conclusão do senado federal. "Estou pagando um preço por ter acabado com a boquinha do PT. Livrar o Brasil do PT é uma arma que vou carregar", disse.

Eduardo Cunha foi afastado do cargo de presidente da Câmara no início de maio, por determinação de Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro atendeu a um pedido do procurador geral da república, Rodrigo Janot.

Durante a coletiva na manhã desta terça, Cunha criticou tanto o afastamento dele da presidência da casa quanto o pedido de prisão emitido contra ele por Janot. "Ele (Janot) fundamenta as acusações dele apenas com notícias jornalísticas", completou.

Cunga também citou "manobras" de pessoas contra ele desde que ele decidiu aceitar o pedido de impeachment contra Dilma. E citou Jaques Wagner, que na época era ministro chefe da Casa Civil. Segundo contou, Jaques ofereceu um acordo: Cunha não levaria a frente o pedido de impeachment e, em troca, a esposa e a filha de Cunha não seriam investigadas no Conselho de Ética. "Tive três encontros com Jaques Wagner. Quando decidi aceitar o pedido de impeachment, ele ligou para mim desesperado", disse.

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